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Sinfarpe se reúne com Drogasil para tratar de denúncias contra a empresa

22/05/2017

A líder sindical, Veridiana Ribeiro, alegou que esta jornada é exaustiva, estressante e abusiva, pois o profissional trabalha todos os feriados, sem saber quando vai folgar. "Para se ter uma ideia, já houve uma farmacêutica que foi trabalhar no dia de sua folga, por conta do desajuste dessa jornada. É tão complicada que confunde os profissionais", relatou, reforçando que o sindicato já judicializou ação contra essa escala.

 

Outro ponto discutido foi em relação aos domingos e feriados em regime de plantão não remunerados. Mesmo o sindicato questionando esse direito, os representantes da empresa, Diego Jorge Ferreira (gerente regional) e Luísa Merlo (coordenadora de Recursos Humanos), ambos farmacêuticos, disseram que continuarão a não pagar porque não há acordo obrigando isto. O sindicato propôs fechar um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para garantir esse direito aos profissionais. Segundo Luísa Merlo, isso não seria possível, pois o grupo não tem a prática de fechar ACTs. O argumento foi rebatido pelo Sinfarpe e desmentido ao provar que em alguns estados, a exemplo do Paraná, a empresa tem proposto fechar Acordos com os sindicatos para discutir várias causas, mas todas com interesse próprio. Tais informações foram confirmadas pela Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar).

 

Outra denúncia foi quanto ao fato dos farmacêuticos trabalharem o expediente inteiro em pé por falta de cadeiras. Diego disse que elas existem e eles podem sentar, mas o mesmo problema foi relatado no Paraná, o que levou o sindicato da categoria a estabelecer essa obrigação em CCT. Também foi tratada na reunião, a reclamação de farmacêuticos estarem fazendo trabalho de balconista. Os representantes da empresa disseram que isso não procedia, mas se contradisseram ao confirmar que a loja funciona obrigatoriamente com pelo menos um atendente, o que significa que os farmacêuticos precisam atuar nesta função para dar conta do atendimento.

 

Também foi discutido o fato de que há farmacêuticos excedendo a carga horária de 40 horas e não recebendo a gratificação de 40% pela exclusividade. Veridiana lembrou que esta situação vem sendo fiscalizada pelo Sinfarpe e o CRF-PE, para que se faça jus ao pagamento da gratificação a quem ultrapassa essa jornada em todas as redes. Outra denúncia foi de que há apenas um único computador para os profissionais executarem suas atividades e para uso dos balconistas. Os representantes da empresa prometeram que vão levar a denúncia ao gerente para que ele resolva o problema. Sobre quem foi demitido entre maio de 2016 e março de 2017, quando saiu a Convenção, o Sinfarpe exigiu que seja pago o retroativo das diferenças salariais e dos demais benefícios a estes profissionais. A Drogasil garantiu que este problema será resolvido sem problema. Basta que o trabalhador procure Luísa Merlo para as devidas providências.

 

Em relação ao retroativo, já que teve denúncias de que alguns profissionais com a mesma carga horária e o mesmo tempo de serviço receberam de forma diferenciada, Luísa Merlo disse não ter conhecimento do fato, mas iria verificar e resolver as distorções. Veridiana lembrou que o retroativo deve ser pago sobre todos os benefícios financeiros: salário, vale alimentação, e para quem é Responsável Técnico (RT). A reunião com a empresa aconteceu no dia 16 deste mês, às 14h, na sede do sindicato. Participaram por parte do Sinfarpe, além da presidente Veridiana, o vice-presidente recém-eleito, Leonardo Barros, e os assessores jurídicos da entidade, José Leniro e Josenildo Araújo.

 

Sindicato é pra lutar. Nenhum direito a Menos!

Redação Sinfarpe


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