Centrais sindicais e deputados da oposição criticaram a medida, dizendo que ela fragiliza e precariza as relações de trabalho e achata os salários. Para a presidente do Sinfarpe, Veridiana Ribeiro, a aprovação do projeto é o início da derrocada do trabalhador, em relação aos direitos adquiridos ao longo de muitos anos e de muita luta no país.
"É a precarização da relação trabalhista. Com a nova legislação, as empresas poderão demitir trabalhadores que estão no regime CLT para contratar terceirizados. Concursos públicos também se tornarão desnecessários, uma vez que qualquer profissional poderá ser terceirizado para assumir cargos em instituições públicas. Estamos assistindo à derrocada dos direitos trabalhistas, patrocinada por políticos inescrupulosos sem o menor interesse em assegurar os direitos dos trabalhadores. Não podemos ficar parados diante desse desmando. O sindicato vai à luta junto com o povo brasileiro para barrar esse projeto no Executivo. Temos que nos unir e lutar para manter os nossos direitos!", declarou Veridiana.
Antes do projeto, a Justiça do Trabalho só permitia a terceirização em atividades secundárias, conhecidas como atividades-meio, que não são o principal negócio de uma companhia. Com a Terceirização, lembra a presidente do Sinfarpe, trabalhadores serão contratados com remuneração menor. Um levantamento do Dieese, em 2015, mostrou que os terceirizados recebiam em média 30% a menos que os contratados diretos. A situação tende a piorar, pois enfraquece a própria atuação da Justiça do Trabalho na defesa dos trabalhadores e coloca as entidades sindicais numa situação cada vez mais difícil nas negociações pelos direitos de suas bases.
Sindicato é pra lutar. Nenhum direito a menos!
Redação Sinfarpe
